A minha primeira visita à capital do estado de Roraima, a bela Boa Vista, aconteceu em 2021. Minha percepção: é uma cidade limpa e bem organizada. Também vale frisar que é uma cidade planejada com pouquíssimos prédios altos e é a única capital brasileira acima da Linha do Equador. Encontrei apenas três prédios altos, sendo dois hotéis e um residencial. Fiquei hospedado na região central, próximo da Praça das Águas e Palácio do Governo.
Muitos acreditam que o traçado urbano organizado de forma radical, faz alusão às ruas de Paris, na França. Porém, na verdade, faz o conceito de cidade-jardim. A afirmação é do arquiteto Darcy Derenusson, filho do engenheiro Darcy Aleixo, que projetou Boa Vista na década de 40, em entrevista à Folha de Boa Vista, em 2016, que revela semelhanças entre as cidades. “No planejamento de Paris tem a relação entre a largura da rua com a altura dos edifícios, que não poderia ter mais da metade da largura da rua como altura, o que torna a cidade ventilada. Por conta disso, não há muitos edifícios altos em Boa Vista, pois não havia necessidade de construir grandes prédios. O que valia mais era o traçado”, explica.
Com isso, minha dica cultural é conhecer a região central da cidade, que contém o Palácio do Governo e a Igreja Matriz. Merece registro também o Mini Terminal de Ônibus climatizado.
Já minha dica esportiva é uma caminhada no Complexo Ayrton Senna, com seus 2 km de extensão, que abriga a Praça das Águas. E, claro, às margens do Rio Branco, está a Orla Taumanan – que estava em reforma durante minha passagem pela região. No recente Mirante construído, que precisa de agendamento, o viajante poderá avistar toda a cidade.
William Messias é jornalista e psicólogo. Especialista em Terapia Cognitivo Comportamental pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.